Em fevereiro de 2012, um grupo de pesquisadores da Universidade McMaster em Ontário, no Canadá, teve seu estudo publicado na revista Science Translational Medicine, altamente respeitada na comunidade científica por publicar artigos de alta qualidade e relevância para a aplicação de descobertas científicas na compreensão, tratamento e desenvolvimento de novas políticas e práticas de saúde.
O estudo foi feito para validar a utilidade da massagem e entender como essa terapia afeta os músculos em termos biomédicos. Os pesquisadores responsáveis documentaram as mudanças biológicas que a massagem evocou nos músculos da perna, quadríceps, de 11 atletas jovens, que treinaram até a exaustão com exercícios pesados. Foi evidenciado que a massagem terapêutica reduz os sinais de inflamação, e que células musculares massageadas foram mais eficazes na produção de novas mitocôndrias – promovendo uma recuperação mais rápida dos danos musculares induzidos pelo exercício.
Através do estudo dos movimentos celulares, este artigo também demonstra que ao contrário do que é dito popularmente, esse recurso terapêutico não teve efeito sobre os metabólitos musculares. Ou seja, não ajudou a eliminar o ácido lático dos músculos cansados e os níveis de glicogênio permaneceram inalterados. Porém, foi demonstrado que a aplicação da massagem após o exercício atenuou a produção das citocinas inflamatórias, como as de fator necrose tumoral, e reduziu a proteína de choque térmico, atenuando o estresse celular resultante da lesão das miofibras promovida pelo exercício intenso.
Em resumo, a massagem terapêutica aplicada ao músculo esquelético que foi gravemente danificado pelo exercício se provou clinicamente benéfica, reduzindo a inflamação e promovendo a biogênese mitocondrial, o que na prática acelera a cicatrização do tecido muscular.
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